É preciso morrer para que a vida renaça!
Olhando para as árvores na estrada. Sinto uma angústia profunda. Pelo que será que as antigas em sabedoria passaram até subir e tocar o céu em sua imponência.
O que o Carvalho passou até tornar-se forte e imponente? O que a Figueira viveu ate o momento no qual pudesse colher seus frutos? Um circulo de árvores rodeia o asfalto, e o que podemos aprender com elas? O que podemos aprender ao olhar dentro de nós mesmos? E quando nossa mente e pensamento se turvam, onde buscar a segurança para, assim como a videira, produzir as uvas que darão o mais saboroso vinho? Onde encontrar forças para escalar a figueira e provar dos mais saborosos figos? Tantas perguntas, e de repente ao passar pelo tunel mais escuro vizualizarei alguma resposta ao seu final?
Ao final deste o sol hoje irá brilhar intensamente, saindo por entre as nuvens ele nos fortificará assim como fez com as árvores. As águas da chuva nos inundarão com o líquido que sorve a vida. E quando o sol se for novamente procuraremos a benção da terra e do céu. Até quando não houver mais nenhum vibrar de calor que puder percorrer o nosso corpo. E quando chegar esse momento percorreremos as areias quentes do Oeste e nos voltaremos ao mar, forças primordiais da natureza, momento celebre de nossa morte.
Pois esta é a dádiva que os Antigos nos deram! Pisar sobre a terra e caminhar entre os mundos ciclícos que se encontram na natureza que há em nós mesmos!
Ailton Anamogutus